Em resposta aos casos locais de febre de dengue registados nos últimos dias em Macau, os Serviços de Saúde tomaram de imediato as medidas de emergência nas zonas de risco associadas aos casos. Para além de intensificar de forma contínua os trabalhos de inspecção das fontes de proliferação e de eliminação química de mosquitos nas referidas zonas de risco, e face à proliferação de mosquitos Culex que tem afectado a  comunidade, esta quarta-feira (dia 9 de Julho), os Serviços de Saúde, em conjunto com o pessoal do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), deslocaram-se às zonas de risco relacionadas com os casos locais de febre de dengue, a fim de realizarem inspeccões aos locais públicos com água estagnada, como sumidouros e canais de drenagem, etc. Em geral, a situação foi considerada satisfatória, tendo sido detectada proliferação de larvas de mosquitos apenas num sumidouro, situação que foi imediatamente tratada com a aplicação de larvicida.

É de salientar que, em Macau, para além do mosquito Aedes albopictus, que pode transmitir a Febre de Dengue, outra espécie de mosquito vector amplamente presente em Macau é o mosquito Culex. Ao contrário do Aedes albopictus, o Culex não transmite a Febre de Dengue e o seu principal incómodo para o público é o desconforto causado pelas picadas. Aliás, o mosquito Culex pode reproduzir-se em vários tipos de água, incluindo água estagnada em recipientes e águas residuais. Tendo em conta a sua característica de proliferação em águas residuais, os Serviços de Saúde, aumentaram, desde Março, a frequência de aplicação de larvicida oleoso para duas vezes por mês para mais de 25.000 lugares públicos com água estagnada, como sumidouros e canais de drenagem nas ruas em todo o Território. O princípio de funcionamento do larvicida oleoso baseia-se na formação de uma película que cobre completamente a superfície da água, provocando a asfixia das larvas. No entanto, se os residentes deitarem lixo e despejarem águas residuais domésticas em lugares públicos com água estagnada, como sumidouros, a película do larvicida será destruída, de modo que não seja possível eliminar as larvas.

Devido ao clima quente e chuvoso nos últimos dias, diversos recipientes e locais ao ar livre podem acumular água, proporcionando condições ideais para a proliferação de mosquitos Aedes e Culex. Neste sentido, os Serviços de Saúde apelam mais uma vez à população para adoptar as “3 Medidas Antimosquitos” para prevenção e controlo da febre de dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos:

1. Prevenir a proliferação de mosquitos no domicílio – Elimine regularmente águas estagnadas nos locais de trabalho e no ambiente circundante de domicílio, a fim de erradicar a proliferação de mosquitos e de larvas;
2. Impedir a entrada de mosquitos – Utilize redes mosquiteiras, portas e janelas com rede de proteção ou ar condicionado, entre outras medidas, para reduzir a possibilidade de serem picados por mosquitos;
3. Proteger-se contra picadas ao ar livre – Ao realizar actividades no exterior, é melhor vestir roupas com mangas compridas e calças compridas, de cores claras e aplicar repelente de anti-mosquitos nas partes expostas da pele ou na roupa, de forma a evitar picadas;

Em caso de dúvidas, podem ligar para a linha das doenças transmissíveis dos Serviços de Saúde n.º 28 700 800 ou aceder à página electrónica dos Serviços de Saúde sobre Informações de doenças: https://www.ssm.gov.mo/Portal/csr/pt/main.aspx