Na sequência da detecção, no dia 5 de Julho, do primeiro caso local de febre de dengue, os Serviços de Saúde agiram de imediato e concluíram, no dia 7 de Julho, os trabalhos de resposta de emergência na zona de risco onde residia a doente (1.º caso local), nomeadamente, foram efectuadas pesquisas domiciliárias porta a porta de casos de febre de dengue junto da Rua do Guimarães, pesquisas de fontes de proliferação, sensibilização e educação, bem como eliminação química de mosquitos na zona em causa.

Para a detecção precoce de casos suspeitos, os Serviços de Saúde instalaram um posto temporário de colheita de sangue na zona de risco, procedendo à recolha de sangue para análise dos indivíduos com sintomas suspeitos de febre de dengue. Foram realizadas inspecções a mais de 1.019 moradores, envolvendo mais de 116 edifícios e 273 lojas no rés-do-chão, entre os quais, dois (2) residentes apresentaram sintomas suspeitos de febre de dengue e foram submetidos a recolha de sangue para análise, tendo os resultados sido negativos. Até ao momento, não foram detectados outros casos relacionados com o primeiro caso.

A febre de dengue transmite-se às pessoas pela picada dos mosquitos Aedes albopictus infectados com o vírus. Estes mosquitos reproduzem-se principalmente em pequenas quantidades de água estagnada, limpa e parada, necessitando apenas de cerca de sete (7) dias para se tornarem mosquitos adultos.

Durante a inspecção, o pessoal dos Serviços de Saúde prestou assistência aos residentes, na verificação de recipientes com águas estagnadas frequentemente encontradas nos domicílios, tais como vasos de flores, bandejas para plantas, etc., e verificou a proliferação de larvas nos recipientes de alguns domicílios. Ao mesmo tempo, em alguns espaços públicos existiam os recipientes com acumulação de água, que não foram bem tapados ou invertidos, o que permite a reprodução de mosquitos e larvas e aumenta o risco de propagação da febre de dengue. Face a esta situação, o pessoal dos Serviços de Saúde prestou de imediato apoio no tratamento dos recipientes com águas estagnadas que se encontravam na fonte de proliferação de larvas e procedeu às respectivas acções de sensibilização e educação junto dos residentes. Os Serviços de Saúde apelam mais uma vez aos residentes para prestarem atenção à higiene ambiental, reforçando a eliminação das águas estagnadas nos domicílios e no local de trabalho, impedindo a proliferação de mosquitos.

A época de maior incidência de mosquitos Aedes Albopictus de Macau ocorre geralmente entre os meses de Abril e Outubro. Em Junho, o índice de propagação de mosquitos (ovitrap) em Macau foi de 62,6%, o que reflecte que o mosquito Aedes Albopictus está activo em Macau e o risco de propagação da febre de dengue é elevado. Os Serviços de Saúde salientam que para prevenir e controlar a proliferação de mosquitos é necessário adoptar um método de tratamento integrado, sendo a eliminação da fonte de proliferação a medida mais eficaz.

Assim, a partir de Abril do corrente ano, foi reforçada a inspecção aos locais de alto risco de proliferação de mosquitos dos bairros comunitários, incluindo estaleiros de obras abandonados, espaços públicos dos edifícios, etc. Até Junho, realizaram-se 7.419 inspecções às fontes de proliferação de mosquitos e reforçaram-se os trabalhos de eliminação química de mosquitos em cerca de 140 locais mais propícios para a existência de problemas de higiene em Macau, aumentando a frequência de eliminação de mosquitos para duas (2) vezes por mês. De acordo com a avaliação de risco, os Serviços de Saúde vão reforçar a inspecção e limpeza das fontes de proliferação de mosquitos nos locais de alto risco dos bairros comunitários e elevar a frequência de eliminação de mosquitos para três (3) a quatro (4) vezes por mês.

Com o aumento da circulação de pessoas e o facto de Macau se encontrar na época das doenças transmitidas por mosquitos, o risco de propagação da febre de dengue em Macau continua a aumentar. Neste sentido, os Serviços de Saúde vão prestar estreita atenção à situação epidemiológica da febre de dengue e adoptar atempadamente as medidas de resposta, apelando, mais uma vez, aos residentes, trabalhadores não residentes e turistas, entre outros, para prestarem atenção ao seguinte:

1. Devem prestar a devida atenção à higiene ambiental, eliminação de água estagnada nos locais de trabalho e nas áreas periféricas ao domicílio, eliminando, assim, a proliferação de mosquitos e de larvas;
2. A instalação de redes mosquiteiras nas janelas, a utilização de mosquiteiros ou de ar condicionado, entre outras medidas, pode reduzir a possibilidade de serem picados por mosquitos;
3. Quando viajem para locais onde existam surtos de febre de dengue, devem vestir roupa de mangas compridas e calças compridas de cor clara, bem como alojar-se em sítios com ar condicionado ou que possuam instalações anti-mosquitos. Antes de saírem para o exterior, devem aplicar repelente anti-mosquitos nas partes expostas do corpo para evitar picadas de mosquitos;
4. Independentemente do historial de viagem, em caso de manifestarem sintomas de febre, erupção cutânea e outros sintomas suspeitos de febre de dengue, devem recorrer atempadamente à assistência médica, informando o médico do historial de viagem ou dos locais onde estiveram;
5. Todos os médicos devem estar atentos aos doentes que apresentem sintomas suspeitos de febre de dengue e proceder atempadamente à respectiva declaração e teste. O Laboratório de Saúde Pública dos Serviços de Saúde proporciona, de forma gratuita, o teste da febre de dengue a todas as instituições médicas;
6. Para mais informações, os residentes podem ligar para a linha de doenças transmissíveis dos Serviços de Saúde n.º 2870 0800 ou consultar as informações sobre doenças transmissíveis na página electrónica dos Serviços de Saúde (http://www.ssm.gov.mo/csr).