Para reforçar o mecanismo de acção conjunta entre os serviços da área da segurança e outros serviços do Governo, bem como a capacidade de resposta a emergências e de coordenação, realizou-se, no dia 27 de Junho, no Estabelecimento Prisional de Coloane (EPC) e na sua periferia, o simulacro de incidente emergente de grande escala no estabelecimento prisional, com o nome de código “Operação Conjunta – Relâmpago 2025”. Organizado e coordenado pelos os Serviços de Polícia Unitários (SPU), sob o comando do Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, o simulacro contou com os Serviços de Alfândega (SA), o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP), a Polícia Judiciária (PJ), o Corpo de Bombeiros (CB), a Direcção dos Serviços Correccionais (DSC), a Direcção dos Serviços das Forças de Segurança de Macau (DSFSM) e a Escola Superior das Forças de Segurança de Macau (ESFSM), bem como a colaboração dos Serviços de Saúde (SS). Foram simulados cenários como motim na prisão, tomada de reféns com a tentativa de fuga, tratamento de explosivos e perseguição de suspeitos. A realização teve sucesso e atingiu os resultados previstos.
O exercício teve início pelas 15h00, tendo sido simulado o seguinte incidente: na zona prisional masculina do EPC, quatro reclusos envolveram-se numa discussão e confronto físico devido ao visionamento da televisão. O conflito converteu-se numa rixa, apesar da persuasão dos técnicos sociais. Para prevenir a agravação do incidente, a DSC activou imediatamente o “Plano de Resposta a Emergências da DSC”, instalando um centro de comando de resposta a emergências, destacando uma equipa antimotim conjunta do EPC composta pela Equipa Tática de Intervenção e a Equipa Antimotim, para controlar o motim e suspender todas as actividades no estabelecimento prisional. Tendo chegado rapidamente ao local, a equipa controlou o incidente com sucesso e suprimiu os reclusos que provocaram a perturbação.
Entretanto, na sequência da suspensão do recreio, 40 reclusos que estavam a descansar na zona exterior de recreio irritaram-se e recusaram-se a cumprir a ordem dos guardas ao não regressarem às celas. O EPC destacou a Equipa Tática de Intervenção ao local para responder ao incidente. Ao mesmo tempo, foi encontrada na periferia do estabelecimento prisional uma mochila que, após verificada, continha objecto suspeito de explosivos. Tendo em conta os incidentes graves, a DSC resolveu activar o “Plano de Resposta a Emergências Interdepartamental” e notificou os SPU para a instalação no local do “Centro Interdepartamental de Comando no Terreno” composto pela DSC, CPSP e CB. No entanto, o referido centro recebeu uma outra notificação de que, no ponto de inspecção do estabelecimento prisional, dois reclusos com lápis afiados tomaram dois reclusos como reféns, tentando fugir da prisão e confrontando os guardas prisionais no local. Tendo em consideração a interligação evidente desse conjunto de incidentes seguidos, o Director da DSC notificou imediatamente o Secretário para a Segurança.
Após ouvido o relatório apresentado pelo Director da DSC, tendo considerado que esse conjunto de incidentes graves provavelmente tinha sido planeado e premeditado, e que a situação estava a agravar-se, foi decidido elevar o nível do plano de resposta a emergências e activar o “Plano de Resposta a Emergências no Estabelecimento Prisional das Forças e Serviços de Segurança”, instruindo o Comandante-geral dos SPU a activar o “Centro de Comando de Operações Conjuntas” e comandando os SA, o CPSP, a PJ, o CB, a DSC, a DSFSM, a ESFSM e os SS para o desencadeamento das operações conjuntas. Tendo em vista o agravamento dos conflitos violentos na zona exterior de recreio do estabelecimento prisional, o “Centro de Comando de Operações Conjuntas” mandou imediatamente a instalação da equipa antimotim conjunta, composta pelas Equipas Antimotins do CPSP e do EPC. A equipa chegou a retomar a zona exterior de recreio e controlar os reclusos que provocaram a perturbação, que foram subsequentemente transferidos para a investigação da PJ. No incidente, 15 reclusos sofreram lesões ligeiras e receberam tratamento médico dos profissionais médicos do CB e do EPC no posto de serviço médico provisório.
No incidente de tomada de reféns no posto de inspecção do estabelecimento prisional, os negociadores da PJ e o Grupo de Operações Especiais do CPSP deslocaram-se rapidamente ao local, conseguindo persuadir o sequestrador a libertar um refém. Contudo, o sequestrador, emocionalmente instável, acabou por ferir outro refém com arma branca. O Grupo de Operações Especiais, de acordo com as instruções, agiu prontamente numa operação de resgate, conseguindo controlar o sequestrador e resgatar o refém com êxito. No cenário simulado, registaram-se três feridos que necessitaram de tratamento inicial por parte de equipas médicas do CB e dos SS, sendo posteriormente transportados para o hospital via ambulâncias.
Por outro lado, o Grupo de Inactivação de Engenhos Explosivos (GIEE) do CPSP e os paramédicos do CB deslocaram-se ao local periférico do estabelecimento prisional onde se encontrava objecto suspeito de explosivos. Após análise pelo GIEE, confirmou-se tratar de um explosivo, que foi neutralizado no local por um robô desactivador de engenhos explosivos. O caso foi posteriormente entregue ao pessoal da Divisão de Inspecção ao Local do Crime da PJ para recolha de evidências e investigação. Paralelamente, após a verificação das gravações de videovigilância, foi identificado um homem suspeito de ter colocado uma mochila com explosivos. O CPSP intensificou imediatamente as patrulhas e interceptações em várias zonas, interceptou o referenciado e rastreou o paradeiro de um veículo suspeito de apoio logístico. Os SA accionou viaturas de patrulha, motociclos de patrulha, barcos de patrulha e equipa de drones para operações de busca e perseguição, interceptando com êxito o suspeito que dirigia o veículo. O indivíduo foi levado pela PJ para investigação.
Este exercício foi o primeiro exercício conjunto de emergência interdepartamental de grande escala realizado desde a mudança do EPC para a nova instalação em Ká Hó, com o objectivo de avaliar o mecanismo de coordenação entre os serviços da área da segurança e outros serviços do Governo em resposta a emergências de grande escala no estabelecimento prisional. O exercício, que durou cerca de uma hora e dez minutos, contou com a participação de 419 pessoas, incluindo diversos serviços da área da segurança e pessoal dos SS. O exercício alcançou os resultados esperados, reforçando significativamente as capacidades de comunicação de informações, coordenação de comando, bem como articulação e operação conjunta entre os serviços da área da segurança e outros serviços do Governo na resposta conjunta a emergências.
No discurso de conclusão, o Secretário Wong Sio Chak afirmou que este exercício demonstrou a eficiência elevada da operação conjunta interdepartamental e as competências práticas e profissionais dos serviços, manifestando ainda as qualidades científica e eficaz do plano de resposta a emergências em vigor. Através do exercício, os serviços entenderam de forma mais concreta o EPC no que respeita às novas circunstâncias e instalações, examinando de forma mais eficaz a viabilidade do plano de resposta a emergências e os pontos importantes na operação prática, o que serviu de uma referência excelente para a optimização do plano de resposta a emergências do novo estabelecimento prisional. Todos os serviços devem rever este exercício com atenção, por forma a que a revisão seja concretizada de forma pormenorizada no plano de resposta a emergências e que a utilização da tática possa ser aprimorada, tornando o plano mais abrangente e potente. Entretanto, os serviços devem manter-se alertas, implementar rigorosamente os mecanismos de segurança e gestão, no sentido de construir a barreira de segurança do novo estabelecimento prisional.
Os serviços da área da segurança continuarão, como sempre, a desempenhar firmemente as suas funções, evoluindo com os tempos, fortalecendo continuamente a consciência de risco e a capacidade de prevenção. Promoverão persistentemente diversos tipos de exercícios de emergência para elevar os níveis de respostas a incidentes e colaboração interdepartamental, melhorando efectivamente os planos de contingência, construindo uma sólida linha de defesa da segurança pública e garantindo concretamente a estabilidade social, assim como a segurança da vida e bens dos cidadãos.
Serviços de Polícia Unitários
27 de Junho de 2025