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Ambiente da segurança de Macau mantém-se estável

Gabinete de Comunicação Social
2024-11-28 17:08
  • Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, apresenta o balanço da criminalidade e dos trabalhos de execução da lei relativos aos primeiros nove meses de 2024.

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O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, indicou, hoje (28 de Novembro), que, entre Janeiro e Setembro de 2024, os números da criminalidade geral foram superiores aos dos períodos homólogos dos anos de 2023 e de 2019, e este acréscimo deve-se ao aumento contínuo dos crimes de burla. Acrescentou que em relação à “criminalidade violenta grave”, aos “crimes relacionados com a droga e com o jogo”, bem como aos crimes que afectam a vida quotidiana da população, nomeadamente furto e roubo, os números registados foram significativamente inferiores aos do mesmo período do ano 2019, o que leva a concluir que o ambiente de segurança de Macau se mantém estável.

O secretário Wong Sio Chak presidiu, esta manhã, à sessão de apresentação das estatísticas da criminalidade e dos trabalhos de execução da lei entre os meses de Janeiro e Setembro de 2024. Na ocasião, revelou que, nos primeiros três trimestres do corrente ano, a Polícia de Macau instaurou, no total, 10.831 inquéritos criminais, o que representa um aumento de 1.178 casos e traduz uma subida de 12,2% relativamente ao período homólogo do ano 2023, e um aumento de 233 casos comparativamente com o período homólogo de 2019, representando um acréscimo de 2,2%. Acrescentou que os crimes de violência grave continuam a manter uma taxa muito baixa em Macau e a situação criminal em geral está sob controlo e a ordem social permanece estável e boa.

O mesmo responsável referiu que, entre Janeiro e Setembro do corrente ano, os Serviços de Polícia Unitários coordenaram o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) e a Polícia Judiciária (PJ), e em colaboração com os Serviços de Alfândega (SA) realizaram a “Operação Preventiva de Inverno 2024” e a Operação “Trovoada 2024”, nas quais tiveram lugar 1.871 operações, tendo sido mobilizados 21.138 agentes policias, investigadas 116.372 pessoas, das quais 1.128 estiveram envolvidas em 860 casos criminais, e que foram encaminhadas para os órgãos judiciais por existirem fortes indícios da prática de crimes. Afirmou ainda que a Polícia continuará a manter uma comunicação estreita e a trocar informações com as polícias do Interior da China e de Hong Kong, no âmbito do combate a todos os tipos de crimes transfronteiriços.

A par disso, o secretário lembrou que em Agosto do corrente ano, registou-se um caso de homicídio em Macau, e depois de tomar conhecimento do caso a PJ enviou, de imediato, o seu pessoal para o local da ocorrência deste grave crime, para que fossem iniciados os respectivos procedimentos de inspecção e de investigação, e realizadas acções de captura. Disse que menos de três horas após o crime, foram detidas duas pessoas envolvidas no caso, uma do sexo masculino e outra do feminino, e que o mesmo estava relacionado com um crime de roubo e com actividades de troca ilegal de dinheiro. Acrescentou que a Polícia continuará a reforçar o combate à troca ilegal de dinheiro e às actividades ilícitas, acompanhando e avaliando de perto o possível impacto negativo que trazem à sociedade.

Relativamente aos crimes de burla com recurso às telecomunicações e de burla cibernética, de burla informática e de extorsão através de “nude chat”, Wong Sio Chak frisou que, nos primeiros três trimestres deste ano, foram registados 240 casos de burlas telefónicas, um decréscimo de 33 casos em relação ao período homólogo do ano de 2023, mas um aumento de 157 casos em relação ao mesmo período do ano 2019. De entre os referidos casos, mais de 70% foram cometidos através da “simulação de chamada por pessoal de serviços públicos”, sendo ainda este o modus operandi mais frequente. Acrescentou que em relação às burlas cibernéticas, foram registados 721 casos, ou seja, mais 122 e 493 casos em relação aos períodos homólogos do ano transacto e de 2019, respectivamente, sendo as burlas através do investimento online (burla “Sha Zhu Pan”), de venda de bilhetes e de compras online as formas mais frequentes da prática deste tipo de crimes. Disse que foram registados 581 casos de burla informática, incluindo 509 casos relacionados com pagamentos online através de cartões de crédito. Revelou ainda que se verificaram ainda 54 casos de extorsão online através de “nude chat”, o que, apesar de representar um acréscimo em relação ao período homólogo de 2019, traduz uma descida de 41 casos em relação ao mesmo período de 2023, ou seja, uma diminuição de 43,2%. Afirmou que a Polícia continua a envidar esforços na repressão do crime de burla, seguindo um modelo baseado na “Prevenção”, “Recuperação” e “Combate”.

Quanto à avaliação do impacto da situação actual do sector do jogo na segurança de Macau, o mesmo responsável apontou que entre Janeiro e Setembro de 2024, registaram-se 1.021 inquéritos criminais relacionados com o jogo, que representam um aumento de 305 processos e uma subida de 42,6% em comparação com o período homólogo de 2023, mas ainda assim, uma redução de 578 casos e de 36,1% face ao mesmo período de 2019.

Wong Sio Chak indicou que, nos primeiros três trimestres deste ano, se verificou um aumento do número de turistas que chegaram a Macau, em comparação com o mesmo período do ano passado, e ao mesmo tempo em que se continua a promover a recuperação da indústria do jogo e da economia global, ocorreu um inevitável aumento de factores de incerteza para a segurança, e um acréscimo dos crimes associados, face ao mesmo período do ano passado.

Quanto aos “burlões de troca de dinheiro”, o secretário destacou a tendência de terem características organizacionais e de profissionalização, dizendo que estiveram associadas a diversos crimes graves e constituíram o principal factor susceptível de afectar a segurança dos casinos e das zonas periféricas. O mesmo responsável apontou que, em simultâneo com o empenho no desenvolvimento dos vários aspectos do combate ao crime, a Polícia continuou a melhorar a troca de informações e a cooperação com os serviços de segurança do Interior da China, tendo sido desmantelados vários grupos criminosos transfronteiriços ligados às actividades dos “burlões de troca de dinheiro” e efectuada uma análise meticulosa das indústrias negras a eles associados, o que resultou, recentemente, numa redução notável das actividades ilícitas ligadas aos “burlões de troca de dinheiro”. Acrescentou que, com a entrada em vigor da nova legislação, a criminalização da troca ilegal de dinheiro irá reduzir a margem de actuação desses “burlões de troca de dinheiro”, o que contribuirá para garantir a segurança do ambiente do jogo de Macau.

Wong Sio Chak afirmou que para manter a segurança local, a Polícia continua a aumentar as patrulhas nos casinos e nas zonas periféricas, assim como leva a cabo operações policiais de grande escala, tais como a “Operação Preventiva do Inverno” e a operação “Trovoada”, que se destinam a prevenir e a combater as actividades criminais relacionadas com o jogo, que produzem um efeito dissuasor em relação aos potenciais criminosos e que fizeram com que o número total de casos relacionados com o jogo, nos primeiros três trimestres deste ano, tenha diminuído significativamente face ao mesmo período de 2019, antes da epidemia.

O secretário disse ainda que com o início de uma série de actividades ligadas ao 25.º aniversário do retorno de Macau à Pátria, todos os serviços da área da segurança estão a desenvolver intensamente trabalhos preparatórios e medidas necessárias à garantia da segurança, incluindo a realização do mega exercício conjunto antiterrorista denominado “Dragão em Espiral”, que visa garantir a realização, com sucesso, de actividades de grande envergadura e de comemorações. Acrescentou que com a aproximação das férias do Natal, se acredita que o número de turistas que entram em Macau continuará a aumentar, pelo que as autoridades da segurança continuarão a monitorizar de perto as tendências da segurança pública, a analisar detalhadamente os dados criminais e as características dos casos, a ajustar oportunamente estratégias de execução da lei, assim como a desenvolver e a implementar atempadamente medidas de prevenção e combate à criminalidade.


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