Com vista a elevar a qualidade dos serviços médicos prestados pelos profissionais da medicina tradicional chinesa de Macau, e prevenir a ocorrência de erros médicos, o Departamento de Desenvolvimento dos Serviços de Medicina Tradicional Chinesa dos Serviços de Saúde do Governo da Região Administrativa Especial de Macau, o Centro de Cooperação de Medicina Tradicional da Organização Mundial da Saúde (Macau), o Estúdio de transmissão por médico experiente reconhecido a nível nacional em Medicina Tradicional Chinesa (Macau) realizaram em conjunto, o “Curso de Formação em Prevenção de Erros Médicos – Profissionais da Medicina Tradicional Chinesa”. Foram convidados como oradores, o presidente da Comissão de Perícia do Erro Médico, Dr. Pang Heong Keong, o Professor Adjunto da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, Dr. Chen Min, e a médica de medicina tradicional chinesa do Hospital da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, Dra. Yang Lu, partilhando e trocando opiniões com o sector da medicina tradicional chinesa sobre os temas “Discussão sobre o erro médico - medicina tradicional chinesa”, “Normas operacionais de acupunctura e prevenção de riscos” e “Breve abordagem sobre os efeitos secundários e a resposta clínica da medicina tradicional chinesa e da acupunctura”, entre outros. O Subdirector dos Serviços de Saúde, Dr. Cheang Seng Ip e a Directora do Centro de Cooperação de Medicina Tradicional da OMS (Macau), Dra. Mo Hui participaram e presidiram a esta actividade, a qual contou com 172 profissionais de medicina tradicional chinesa de Macau.

O Subdirector dos Serviços de Saúde, Dr. Cheang Seng Ip, referiu no seu discurso que o País está a envidar todos os esforços para promover o desenvolvimento de alta qualidade dos serviços de saúde, tendo sido publicado, em 2023, o “Plano de Acção para a Melhoria Plena da Qualidade dos Cuidados de Saúde (2023-2025)”, em que através das múltiplas dimensões, como reforço da gestão da segurança quanto à qualidade dos cuidados de saúde básicos, fortalecimento da gestão das etapas-chave e dos actos, aperfeiçoamento do mecanismo de trabalho, entre outros aspectos, foram apresentadas de forma pormenorizada 28 medidas concretas e 5 acções específicas. A fim de elevar a qualidade dos serviços médicos de Macau e permitir que ambas as partes, médico e paciente, possam clarificar as respectivas normas e mecanismos no tratamento de litígios e incidentes médicos, assegurar a justiça e a imparcialidade, bem como garantir a segurança dos serviços médicos e proteger os direitos e interesses da saúde dos doentes, entrou em vigor no dia 26 de Fevereiro de 2017 o “Regime jurídico do erro médico” de Macau. O Subdirector ainda salientou que o Governo da RAEM impulsiona activamente o desenvolvimento da medicina tradicional chinesa e promove ainda mais a generalização da aplicação dos serviços de medicina tradicional chinesa na comunidade, na expectativa de consolidar a teoria básica, regulamentação da operação clínica e conhecimentos jurídicos sobre a medicina dos profissionais de medicina tradicional chinesa através da realização de actividades diversificadas de formação profissional de medicina tradicional chinesa, de modo a elevar plenamente a capacidade de diagnóstico e tratamento médico clínico e a segurança das operações médicas, e alcançar o objectivo de melhoramento contínuo da qualidade dos serviços médicos.

O Dr. Pang Heong Keong, apresentou a intenção legislativa e o âmbito de aplicação do “Regime jurídico do erro médico” e das respectivas leis, explicando de forma aprofundada e clara o controlo de infecção e a contra-indicações na área da medicina tradicional chinesa, interações entre medicamentos chineses e ocidentais, entre outras observações. Através dos casos de erro médico ocorridos nas regiões vizinhas, leva-se às soluções para os litígios médicos, o que pode permitir aos formandos, conhecerem as normas jurídicas de saúde e as formas de tratamento em caso de litígios médicos. O Professor Adjunto Dr. Chen Min apresentou as normas operacionais de acupunctura e os métodos de prevenção de riscos, explicando, de um ponto de vista macro e micro, os riscos potenciais da acupunctura, apresentando as técnicas de aplicação de agulhas no processo de acupunctura e a operação errada em conjugação com a anatomia, permitindo que os formandos dominem a forma segura da aplicação de acupunctura. A Dra. Yang Lu explicou os possíveis efeitos secundários da medicina tradicional chinesa e da acupunctura e as medidas de resposta clínica, especialmente, com base nos casos reais do Interior da China e na análise dos dados, foram analisados as manifestações clínicas e os métodos de prevenção e tratamento dos efeitos adversos dos medicamentos tradicionais chineses. Durante o curso, os três especialistas e os formandos procederam a um intercâmbio profundo e a uma ampla discussão sobre os conteúdos dos respectivos temas, a reacção dos participantes foi muito entusiástica, tendo os mesmos manifestado que foram muito proveitosos.