O IPC Geral de Novembro de 2023 (105,05) cresceu 1,16%, face a Novembro de 2022. O crescimento foi impulsionado, principalmente, pela ascensão dos preços: das refeições adquiridas fora de casa; do vestuário e do gás de petróleo liquefeito, assim como pelo aumento das propinas escolares. Todavia, a queda dos preços da carne de porco e dos bilhetes de avião, bem como a diminuição das rendas de casa e dos salários dos empregados domésticos compensaram parte do crescimento do índice de preços. De entre os índices de preços das secções de bens e serviços, os das secções do vestuário e calçado, da educação, bem como dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas subiram 5,03%, 5,02% e 2,61%, respectivamente, em termos anuais. Porém, os índices de preços das secções dos transportes, dos equipamentos e serviços domésticos, assim como da habitação e combustíveis diminuíram 3,26%, 0,75% e 0,50%, respectivamente. O IPC-A (104,49) e o IPC-B (105,80) cresceram 1,02% e 1,35%, respectivamente, em termos anuais, informam os Serviços de Estatística e Censos.
No mês em análise o IPC Geral subiu 0,03%, face a Outubro de 2023. Os índices de preços da secção das bebidas alcoólicas e tabaco, da saúde, bem como da habitação e combustíveis aumentaram 0,71%, 0,32% e 0,29%, respectivamente, em termos mensais, devido ao acréscimo dos preços: das bebidas alcoólicas; das consultas externas e do gás de petróleo liquefeito. Por seu turno, os índices de preços das secções da recreação e cultura, assim como dos transportes baixaram 0,61% e 0,22%, respectivamente, em termos mensais. O índice de preços da secção dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas desceu 0,16%, em termos mensais, dado que a queda dos preços da carne de porco e dos produtos hortícolas compensou o impacto causado pelo acréscimo dos preços das refeições adquiridas fora de casa e da fruta. O IPC-A e o IPC-B cresceram 0,02% e 0,03%, respectivamente, em termos mensais.
O IPC Geral médio dos 12 meses terminados no mês de referência, em relação aos 12 meses imediatamente anteriores, ascendeu 0,88%. Salienta-se que os índices de preços das secções da educação (+8,67%) e da recreação e cultura (+4,06%) tiveram os crescimentos mais significativos. O IPC-A e o IPC-B, ambos índices médios, subiram 0,66% e 1,18%, respectivamente, face ao período anterior.
Nos onze primeiros meses do corrente ano, o IPC Geral médio cresceu 0,89%, em relação ao mesmo período do ano transacto. O IPC-A e o IPC-B, ambos índices médios, ascenderam 0,68% e 1,18%, respectivamente, face ao idêntico período do ano precedente.
A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos compila três séries do IPC, que permitem conhecer a influência da variação de preços de bens/serviços, nos agregados familiares que pertencem a diferentes escalões de despesas. O IPC-A abrange cerca de 50% dos agregados familiares que têm uma despesa média mensal compreendida entre 12.000 Patacas e 35.999 Patacas, o IPC-B abrange cerca de 30% dos agregados familiares que têm uma despesa média mensal compreendida entre 36.000 Patacas e 62.999 Patacas. O IPC Geral abrange todos os agregados familiares acima referidos e as despesas destes agregados que têm pesos maiores são as da secção da habitação e combustíveis, as da secção dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas e as da secção dos transportes, sendo as respectivas ponderações de 33,75; 27,94 e 7,84.