De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 2.º trimestre de 2023, os empresários industriais locais estão mais confiantes quanto às perspectivas das exportações para os próximos seis meses. As principais mercadorias exportadas de Macau foram, no 2.º trimestre de 2023, por ordem decrescente, os vestuários e confecções, equipamentos electrónicos/eléctricos, produtos farmacêuticos, alcoólicas e tabaco e mesas para os jogos/equipamentos para os jogos de fortuna e azar. A União Europeia e a região Ásia-Pacífico foram os mercados de destino das exportações de Macau com performance relativamente melhor.
Quanto à carteira de encomendas, a duração média mensal da carteira de encomendas detida pelos empresários industriais inquiridos foi de 3,2 meses no trimestre em análise, representando uma diminuição de 0,3 meses, face ao 1.º trimestre de 2023. O sector de “produtos farmacêuticos” ocupou o primeiro lugar, com uma duração da carteira de encomendas de 5,4 meses no trimestre em análise, a carteira de encomendas detida pelos sectores de “outros produtos não têxteis”, “equipamentos electrónicos/eléctricos” e “vestuário e confecções” foram de 3,2 meses, 2,5 meses e 2,0 meses, respectivamente.
No que concerne aos mercados de destino das exportações, segundo o “Índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados”, a União Europeia e a região Ásia-Pacífico (excluindo o Interior da China, Hong Kong e o Japão) e o Interior da China foram os mercados de destino das exportações de Macau com performance relativamente melhor, apresentando índices de 19,3%, 5,9% e 5,5%, respectivamente. Entretanto, a performance dos mercados dos Estados Unidos da América e outros países americanos, foi relativamente menos favorável, apresentando índices de -25,1% e -16,4%, respectivamente.
No que respeita às perspectivas das exportações para os próximos seis meses, os empresários inquiridos de Macau estão mais confiantes quanto às perspectivas das exportações no futuro. As empresas inquiridas que anteciparam uma perspectiva optimista subiram para 46,8% no trimestre em análise, representando uma subida de 26,7 pontos percentuais face ao 1.º trimestre de 2023 (20,1%). Destas referidas, 44,8% previam um “ligeiro crescimento” e 2,0% apontaram para um “aumento acentuado”. As empresas que anteciparam uma evolução menos favorável foram de 52,8%, e previam um “forte declínio”, descendo 4,8 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior (57,6%). As empresas que previram uma situação “semelhante” desceram de 22,3% no trimestre anterior para 0,4%, correspondendo a uma descida de 21,9 pontos percentuais. Todos os dados reflectiram que os empresários industriais locais estão mais confiantes quanto às perspectivas das exportações
No tocante ao mercado de emprego, o número de trabalhadores das empresas industriais inquiridas registou um aumento de 1,3% face ao trimestre anterior e uma redução de 0,1% face ao período homólogo do ano de 2022. Por outro lado, 57,6% das empresas inquiridas afirmaram ter enfrentado a situação da insuficiência de trabalhadores, sendo esta percentagem inferior à verificada no trimestre anterior (67,8%), mas superior à verificada no período idêntico do ano de 2022 (51,1%). Além disso, 80,6% das empresas inquiridas do sector de “equipamentos electrónicos/eléctricos” e 75,1% do sector de “vestuário e confecções” manifestaram uma procura relativamente notável de trabalhadores.
De entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 76,6% das empresas inquiridas consideraram o “insuficiente volume de encomendas” como o maior problema que estavam a encarar, enquanto 9,0% apontaram para os “preços mais competitivos praticados no estrangeiro” e 7,1% para “insuficiência de trabalhadores”. Quanto às perspectivas para os próximos três meses, de entre as empresas inquiridas, 61,5% preocuparam-se principalmente com o “insuficiente volume de encomendas”, 9,1% com os “preços elevados das matérias-primas”.