O IPC Geral de Junho de 2023 (104,69) cresceu 0,80%, face a Junho de 2022. O crescimento foi impulsionado, principalmente, pela ascensão das propinas escolares e dos salários dos empregados domésticos, assim como pela subida dos preços: das refeições adquiridas fora de casa; dos quartos de hotéis e do vestuário. Todavia, a diminuição das rendas de casa e a redução dos preços dos bilhetes de avião compensaram parte do crescimento do índice de preços. De entre os índices de preços das secções de bens e serviços, os das secções da educação, do vestuário e calçado, da recreação e cultura, bem como dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas aumentaram 9,98%, 5,44%, 5,38% e 2,64%, respectivamente, em termos anuais. Porém, os índices de preços das secções dos transportes, assim como da habitação e combustíveis baixaram 3,74% e 1,76%, respectivamente. O IPC-A (104,17) e o IPC-B (105,38) cresceram 0,58% e 1,10%, respectivamente, em termos anuais, informam os Serviços de Estatística e Censos.
No mês em análise o IPC Geral subiu 0,11%, face a Maio de 2023. Os índices de preços das secções do vestuário e calçado, bem como da saúde subiram 1,61% e 0,38%, respectivamente, em termos mensais, graças ao acréscimo dos preços do vestuário de Verão e das consultas externas. O índice de preços da secção dos transportes ascendeu 0,27%, em termos mensais, em virtude do crescimento dos preços dos bilhetes de avião. O índice de preços da secção dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas aumentou 0,21%, em termos mensais, devido à subida dos preços dos produtos do mar e das refeições adquiridas fora de casa, apesar dos preços dos produtos hortícolas terem diminuído. Por seu turno, os índices de preços das secções dos produtos e serviços diversos, bem como da recreação e cultura diminuíram ambos 0,15%, em termos mensais. O IPC-A e o IPC-B cresceram 0,09% e 0,14%, respectivamente, em termos mensais.
O IPC Geral médio dos 12 meses terminados no mês de referência, em relação aos 12 meses imediatamente anteriores, ascendeu 0,93%. Salienta-se que os índices de preços das secções da educação (+8,60%) e dos equipamentos e serviços domésticos (+8,43%) tiveram os crescimentos mais significativos. O IPC-A e o IPC-B, ambos índices médios, subiram 0,64% e 1,31%, respectivamente, face ao período anterior.
No segundo trimestre de 2023 o IPC Geral médio (104,57) cresceu 0,85%, face ao trimestre homólogo de 2022. O IPC-A (104,06) e o IPC-B (105,23), ambos índices médios, ascenderam 0,61% e 1,16%, respectivamente, em relação ao segundo trimestre de 2022. No primeiro semestre do corrente ano o IPC Geral médio aumentou 0,82%, relativamente ao mesmo semestre do ano transacto. O IPC-A e o IPC-B, ambos índices médios, subiram 0,58% e 1,14%, respectivamente, face ao primeiro semestre de 2022.
A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos compila três séries do IPC, que permitem conhecer a influência da variação de preços de bens/serviços, nos agregados familiares que pertencem a diferentes escalões de despesas. O IPC-A abrange cerca de 50% dos agregados familiares que têm uma despesa média mensal compreendida entre 12.000 Patacas e 35.999 Patacas, o IPC-B abrange cerca de 30% dos agregados familiares que têm uma despesa média mensal compreendida entre 36.000 Patacas e 62.999 Patacas e o IPC Geral abrange todos os agregados familiares acima referidos.