61 dias consecutivos sem registo novos casos confirmados em Macau
Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus
2021-12-10 12:13
  • Conferência de imprensa do Centro de Coordenação e Contingência de Novo Tipo de Coronavírus

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Na conferência de imprensa realizada no dia 9 de Dezembro pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, a Coordenadora, Dr.ª Leong Iek Hou afirmou que, por sessenta e um (61) dias consecutivos, não se registam novos casos confirmados. No total foram registados 77 casos da COVID-19 em Macau, todos com alta hospitalar. Até ao momento não foi registada qualquer infecção entre profissionais de saúde nem casos mortais. No Centro Clínico de Saúde Pública, no Alto de Coloane, há seis (6) pessoas em isolamento do período de convalescença, cinco (5) indivíduos provenientes de áreas de alto risco e nove (9) pessoas de contacto próximo por via secundária.

Até às 16h00 de 9 de Dezembro, foram administradas 938.595 doses da vacina. Existem 487.672 pessoas que receberam pelo menos 1 dose, das quais 41.117 com a primeira dose da vacina, 430.008 pessoas e 16.547 pessoas completaram as duas e três doses da vacina, respectivamente.

Nas últimas 24 horas, foram registados sete (7) eventos adversos ligeiros; zero (0) eventos adversos graves, sendo três (3) casos relativos à vacina inactivada da Sinopharm e quatro (4) casos relativos à vacina de BioNTech mRNA. Desde o início da vacinação até ao presente momento, houve 3.915 notificações de eventos adversos, incluindo 3.904 ligeiros, onze (11) graves. Quanto a testes de ácido nucleico, foram testadas em Macau 20.332 pessoas no dia 8 de Dezembro.

Por 7 dias consecutivos entre 2 e 8 de Dezembro, mais 427 pessoas foram submetidas a observação médica, das quais 201 são residentes de Macau, 226 não residentes de Macau. Até ao dia 8 de Dezembro, o número acumulado de pessoas submetidas a observação médicas era de 55.840. Actualmente, há ainda 1.018 pessoas que se encontram submetidas a observação médica, das quais 1.016 pessoas em hotéis designados e 2 pessoas em instalações dos Serviços de Saúde.

Sobre a não inclusão dos indivíduos com mais de 18 anos no grupo de destinatários recomendados para administração da terceira dose de vacina, a Dr.ª Leong Iek Hou respondeu que estas recomendações foram formuladas de acordo com as directrizes actuais da Organização Mundial da Saúde, ou seja, os indivíduos com idades compreendidas entre os 18 e 59 anos a quem tenha sido administrada duas doses da vacina de BNT mRNA não é recomendada a administração da terceira dose.

A Dr.ª Leong Iek Hou indicou que de acordo as recomendações da OMS  as pessoas com idades compreendidas entre os 18 e 59 anos podem inocular a terceira dose de vacina, caso sejam considerados de maior risco de exposição ou com impactos mais graves após a infecção, incluindo:

  1. Funcionários que trabalham em equipamentos sociais, instalações de saúde, instituições de ensino, instituições correcionais, estabelecimentos de observação médica;
  2. Outras pessoas em contacto frequente com doentes, idosos e deficientes;
  3. Indivíduos em contacto frequente com pessoas do exterior ou com grande número de pessoas do público;
  4. Pessoas que vivem em habitação colectiva;
  5. Trabalhadores em postos fronteiriços, pessoal de investigação epidemiológica e pessoal em cadeias de frio;
  6. Trabalhadores de serviços básicos sociais (trabalhadores nos sectores da água, electricidade, telecomunicações, transportes, alimentos frescos e vivos, entre outros);
  7. Indivíduos que pretendam viajar para áreas de alta incidência;
  8. Outros indivíduos que apresentem maior risco de exposição ou que tenham maior impacto após a infecção.

Estas orientações abrangem a maioria das pessoas entre os 18 e os 59 anos de idade, os Serviços de Saúde vão proceder à actualização atempada de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde.

Sobre a isenção de quarente nas viagens entre Hong Kong e Macau a Coordenadora referiu que para essa possibilidade possa ser implementada determinadas questões devem ser articuladas entre as três regiões, não havendo neste momento um calendário. Macau possuiu uma movimentação sem quarentena com áreas do Interior da China onde não existem epidemias, pois são zonas de baixo risco. Contudo como ainda se registam casos em Hong Kong as pessoas de Hong Kong não podem ficar isentos de quarentena para se dirigirem ao Interior da China.

Caso Macau permita que os residentes de Hong Kong entrem sem quarentena, o risco epidémico de Macau aumenta e o Interior da China pode classificar Macau como zona de alto risco, o que irá afectar as actuais medidas de entrada aplicáveis a residentes Macau.

Assim sendo, as medidas dos três locais devem ser consistentes para manter a passagem transfronteiriça sem problemas entre Macau e o Interior da China. Se Hong Kong e Macau implementarem medidas de passagem transfronteiriça isenta de quarentena, é suposto que numa primeira fase hajam vagas e requisitos de isenção de quarentena. Macau está mais inclinado a considerar as pessoas com necessidades de vida ou situações urgentes como grupos prioritários, tais como visita a familiares ou visita a doentes.

Quanto à necessidade de vacinação para isenção de quarentena, a médica destacou que, considerando no âmbito das bolhas de vacinas, criadas em todo o mundo, a vacinação é um factor importante, por isso não está excluído que no futuro estas condições possam  ser incluídas para reduzir o risco trazido no lançamento de medidas de passagem transfronteiriça.

Sobre o registo de vacinação a Drª Leong Iek Hou assinalou que as pessoas foram vacinadas em outros locais podem exibir seus registos de vacinação no Código de Saúde de Macau, mas para isso devem deslocar-se a qualquer posto de vacinação em Macau para disponibilizar os registos de vacinação confiáveis ​​ (como originais em suporte papel, registo de vacinação electrónico que podem exibir/ identificar a sua identificação em tempo real). Após estes procedimentos os registos de vacinação podem ser exibidos no Código de Saúde de Macau.

Em relação ao reconhecimento mútuo de vacinas, a Coordenadora apontou que actualmente existem diferentes práticas em partes diferentes do mundo. Alguns países ou regiões as listas de aprovação de vacinas, ou têm referência na lista de aprovação de vacinas definida pela Organização Mundial de Saúde, desde que os tipos e exigências das vacinas sejam satisfeitos e as vacinas aprovadas.

Se Macau necessitar de adoptar um mecanismo de reconhecimento mútuo de vacinas, também pode referir-se a uma abordagem semelhante. Além disso, a médica disse que está em curso a ligação entre o Código de Saúde de Macau e o Código de Saúde de Hong Kong, incluindo as informações sobre vacinação e resultados dos testes de ácido nucleico.

Na conferência de imprensa, a Chefe de Divisão da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lam Tong Hou relatou o número de pessoas que estão sujeitas a observação médica em hotéis designados, indicando também que o Hotel Sheraton e o Hotel Arte Regency deixam de ser usados como hotel de observação médica por escolha própria a partir de 13 de Dezembro e 16 de Dezembro respectivamente. As instalações relevantes devem ser desinfectadas e limpos de acordo com as orientações da autoridade de saúde.

O Chefe da Divisão de Operações e Comunicações da PSP, Ma Chio Hong relatou a situação de entradas e saídas na última semana de Macau.

Estiveram presentes na conferência de imprensa: o Chefe da Divisão de Operações e Comunicações da PSP, Ma Chio Hong, a Chefe da Divisão de Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Turismo, Dr.ª Lam Tong Hou e a Coordenadora do Núcleo de Prevenção de Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença do Centro de Prevenção e Controlo da Doença dos Serviços de Saúde, Dr.ª Leong Iek Hou.


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