Os 5 fóruns paralelos realizados durante o 12.º Fórum Internacional sobre o Investimento e Construção de Infra-estruturas (IIICF), nomeadamente “Aproveitar ao Máximo o Papel de Macau enquanto Plataforma, com vista a Promover a Construção Conjunta da Faixa e Rota por parte da China e dos Países de Língua Portuguesa” e “Neutralidade Carbónica e Cooperação Internacional em Energia Eléctrica”, entre outros, foram concluídos com sucesso, onde vários temas foram abordados, como a tendência de desenvolvimento de infra-estruturas internacionais no contexto da neutralidade carbónica e da conservação de energia e redução de emissão, a inovação do sector financeiro, o desenvolvimento ecológico de infra-estruturas, as obrigações de cupão zero e o financiamento de projectos de infra-estruturas, entre outros. Além disso, os fóruns paralelos ainda proporcionaram discussões em torno de outros temas relevantes, como a promoção do desenvolvimento inovador e sinérgico entre a consultoria externa e a execução de projectos contratados, bem como a exploração conjunta de mercados dos Países de Língua Portuguesa por empresas de Macau e do Interior da China, impulsionada pela promoção prioritária da plataforma de cooperação sino-lusófona de Macau.
Potenciar o papel de Macau enquanto plataforma para promover o desenvolvimento do sector financeiro da China e dos Países de Língua Portuguesa
No fórum paralelo “Aproveitar ao Máximo o Papel de Macau enquanto Plataforma, com vista a Promover a Construção Conjunta da Faixa e Rota por parte da China e dos Países de Língua Portuguesa”, o Adjunto do Ministro do Comércio da China, Ren Hongbin, afirmou, no seu discurso, que deve-se ajudar Macau a melhor aproveitar o seu papel vital enquanto ponto de intersecção do duplo ciclo económico interno e externo do país, com base na promoção da partilha de recursos e da complementação de vantagens entre os empresários de Macau e do Interior da China. O adjunto do ministro ainda expressou a sua expectativa de que o Conselho de Negócios e de Serviços Profissionais de “Faixa e Rota” entre o Interior da China e Macau poderá envidar os seus esforços para articular as vantagens industriais de empresas do Interior da China com as especificidades naturais de Macau em diversos aspectos, nomeadamente nos serviços profissionais das áreas de finanças modernas, contabilidade, construção civil, entre outras; nas redes de contacto dos chineses retornados do exterior; e nos laços amplos com os Países de Língua Portuguesa, no sentido de reforçar o intercâmbio e a cooperação entre as empresas dos dois lados. Além disso, também apelou ao Conselho para apoiar a construção da plataforma sino-lusófona de Macau e contribuir para a intensificação das parcerias económicas e comerciais entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
Durante a sua intervenção, o Secretário para a Economia e Finanças da RAEM, Lei Wai Nong, referiu que a Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, além de se tratar de um posicionamento para o desenvolvimento de Macau, ainda é o ponto de partida para a região potenciar as suas vantagens no sentido de atender às necessidades do nosso País. No futuro, Macau irá continuar a consolidar e desempenhar o seu papel de plataforma sino-lusófona, aproveitar, em tempo útil, as oportunidades proporcionadas pela revitalização da conjuntura de cooperação internacional em infra-estruturas e estreitar a sua relação com os Países de Língua Portuguesa, por forma a integrar-se voluntária e activamente no panorama nacional de desenvolvimento e promover a diversificação adequada da sua própria economia, em prol do fortalecimento da articulação e da relação de cooperação entre os Países de Língua Portuguesa e os países abrangidos pela iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” no sector das infra-estruturas, contribuindo para o estímulo conjunto de um desenvolvimento de alta qualidade sob a iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”.
Acelerar a inovação das fontes de energia a nível internacional, com vista a alcançar a meta de ecologia e de baixa emissão carbónica
Já o outro fórum paralelo, “Neutralidade Carbónica e Cooperação Internacional em Energia Eléctrica”, contou com a presença de representantes provenientes de empresas prestigiadas nas áreas de energia eólica, energia fotovoltaica, armazenamento de energia, energia hidrogénica e sistemas de distribuição de electricidade, entre outras, para partilharem sobre o novo foco de investigação do sector, que se trata da criação de sistemas de energia inovadores baseados em fontes de energia novas. Durante a discussão, o presidente da Associação dos Construtores Civis Internacionais da China, Fang Qiuchen, explicou que a dupla meta de emissão carbónica é um dos assuntos que têm merecido debates intensos na sociedade internacional, pelo que, sendo a indústria com maior emissão de carbono, o sector da energia é o elemento mais importante que influencia a concretização da meta da neutralidade de carbono a nível mundial. Segundo o presidente, a neutralidade carbónica já se tornou consenso global e acção conjunta de governos de todo o mundo, por isso, fontes de energia inovadoras certamente proporcionarão uma enorme margem de progresso, no futuro. Além disso, segundo o presidente Fang, a sociedade internacional deve reforçar as cooperações em termos de inovação das fontes de energia e das tecnologias, a fim de promover um maior aperfeiçoamento das novas fontes de energia, a nível de tecnologias e custos.
O vice-gerente geral da Power Construction Corporation of China Li Yanming, por sua vez, referiu que o mundo, neste momento, se encontra em uma nova fase de inovação, em termos de fontes de energia, sendo que as energias eólica, hidráulica e solar, entre outras fontes novas, estão a ser amplamente desenvolvidas e aproveitadas. O vice-gerente geral revelou que, em 2020, o acréscimo da capacidade energética promovida pelas novas fontes de energia foi responsável por 82% do acréscimo total da capacidade energética a nível mundial, sendo o crescimento célere deste sector a principal força impulsionadora, há 6 anos consecutivos. Em simultâneo, o foco do consumo energético, em termos globais, está a desviar-se gradualmente para as economias emergentes. Até 2035, a China irá ocupar 36% do acréscimo mundial de capacidade energética. A longo prazo, o vice-gerente geral acredita que a redução do consumo de carvão e a promoção de um maior uso de novas fontes de energia serão as principais soluções para alcançar a meta da neutralidade carbónica.