O Governo da RAEM publicou hoje (dia 22) o Relatório Intercalar da 1.ª fase do Plano de Subsídio de Consumo. O relatório estima que, perante o consumo adicional no mercado, seja trazido, de modo geral, benefício económico entre 1,8 milhões e 2,4 milhões, promovendo efeitos positivos na estabilidade económica local.
De acordo com o relatório, face à economia geral de Macau que se encontra ainda em fase de recuperação, o cartão de consumo electrónico traz efeitos positivos em cinco aspectos: (1) estabilizar a procura interna do mercado, (2) estimular o ambiente de consumo, (3) aumentar a confiança das empresas, (4) aliviar a pressão dos residentes, (5) generalizar ainda mais o uso de instrumentos de pagamento electrónico, criando condições mais favoráveis para a concretização da elevação da qualidade do desenvolvimento futuro por parte dos estabelecimentos comerciais.
As empresas beneficiárias envolvidas encontram-se espalhadas por diversos ramos de actividade, mais de 60% do montante total de transacções foram colocados nas PME
A Direcção dos Serviços de Economia (DSE) realizou hoje (dia 22) a conferência de imprensa visando publicar o Relatório Intercalar da 1.ª fase do Plano de Subsídio de Consumo. O relatório inclui os dados relativos à utilização do cartão de consumo electrónico entre 1 de Maio e 15 de Junho e os resultados do inquérito por questionário aos comerciantes e cidadãos realizado pelo Instituto de Formação Turística
Até 15 de Junho, 600.171 residentes já levantaram o cartão de consumo, representando mais de 90% do número total das pessoas inscritas. O montante consumido por cada pessoa foi de 2.481 patacas, calculando apenas as pessoas que usaram o cartão. O montante total de transacções relativo ao cartão de consumo foi de 1,46 mil milhões de patacas, tendo sido registadas 1.564 transacções. O montante médio de cada transacção foi de 93 patacas.
De acordo com os dados, vários sectores beneficiaram-se do cartão de consumo em graus variados, dos quais, o sector da restauração e o comércio a retalho representam quase 24% e 70%, respectivamente, do montante total de transacções. Os resultados do inquérito por questionário mostram que mais de 60% dos comerciantes da restauração e mais de 40% dos da venda a retalho indicaram que 50% ou mais de 50% do volume de negócios são provenientes dos cartões de consumo, trazendo o plano de subsídio de consumo um certo efeito no apoio à exploração dos estabelecimentos comerciais.
De entre os estabelecimentos comerciais onde se podem utilizar cartão de consumo electrónico e com base no cálculo do montante transaccionado, cerca de 63% de subsídios de consumo foram colocados nas pequenas e médias empresas. Destes, os estabelecimentos cujo número de trabalhadores é inferior a 20 ocuparam cerca de 40% do montante total de transacções.
Os residentes e comerciantes apresentaram opiniões positivas sobre a eficácia do plano, declarando estar satisfeitos com os procedimentos de inscrição e de levantamento
Os resultados do inquérito mostram que em geral os residentes e os comerciantes concordam com as regras de utilização do cartão de consumo electrónico como o âmbito de utilização, o limite máximo do consumo diário, prazo de utilização, o montante total de cada cartão de consumo. Além disso, a maioria absoluta dos residentes inquiridos declarou estar satisfeita com os procedimentos de inscrição (97%) e de levantamento (96%).
Em geral os preços dos produtos mantêm-se estáveis, os comerciantes proporcionam ofertas promocionais para incentivar o consumo
Desde a utilização do cartão de consumo, em Maio, de acordo com os dados da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o Índice de Preços no Consumidor (IPC) Geral referente a Maio atingiu 103,03 e a taxa de inflação situou-se em 1,67%, números que são inferiores aos registados no período anterior ao da utilização do cartão de consumo (Abril), o que reflectiu que os preços dos produtos se mantêm estáveis a partir do princípio do ano.
Por outro lado, muitos comerciantes manifestaram que têm proporcionado ofertas promocionais adicionais ao uso de cartões de consumo, o que constitui um incentivo considerável ao consumo por parte dos residentes.
Os comerciantes instalam de forma proactiva equipamentos, promovendo, assim, a utilização do pagamento móvel
O plano de subsídios de consumo, para além de estimular a utilização do cartão electrónico com valor armazenado, tem vindo a generalizar ainda mais o uso de pagamento móvel. Desde a publicação do plano, em Fevereiro, até ao final de Maio, foram instalados mais de 14.000 equipamentos e códigos QR de pagamento móvel nos estabelecimentos comerciais.
Em Maio, o número e o montante de transacções efectuadas através do pagamento móvel aumentaram, respectivamente, 25% e 54%, em relação ao período anterior ao da ocorrência da epidemia da Pneumonia no início do presente ano, assim sendo, os cartões de consumo electrónicos também têm um papel impulsionador no uso do pagamento móvel por parte dos cidadãos.