De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 4.º trimestre de 2019, a duração média mensal da carteira de encomendas detidas pelas empresas inquiridas no trimestre em análise foi de 2,4 meses, inferior a 2,8 meses registados no trimestre anterior.
A carteira de encomendas detidas pelos “outros sectores”, sectores de “equipamentos electrónicos/eléctricos”, de “produtos farmacêuticos” e de “vestuário e confecções” foi de 2,5, 2,4, 2,4 e 0,6 meses, respectivamente.
No que concerne aos mercados de destino das exportações, da análise ao “Índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados”, as empresas inquiridas consideraram, em geral, que os EUA são o mercado de destino com performance relativamente melhor, apresentando um índice de 3,7%.
No que respeita às perspectivas de exportações para os próximos seis meses, as empresas inquiridas que antecipam uma perspectiva optimista subiram para 15,9% no trimestre em análise, representando uma subida ligeira de 5,8 pontos percentuais face ao 3.º trimestre de 2019 (10,1%) e um aumento de 14,7 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado (1,2%). Destas referidas, 6% previram um “aumento acentuado” e 9,9 % um “ligeiro crescimento” nas exportações. As empresas que antecipam uma evolução menos favorável representam de 41,4%, aumentando 26,2 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e 26,3 pontos percentuais face ao mesmo período do ano passado. De entre estas, 7,9% apontaram para um “ligeiro decréscimo” e 33,5% para um “forte declínio”. A percentagem das empresas que prevêem uma situação “semelhante” desceu de 74,7% no trimestre anterior para 42,7% no trimestre em análise, correspondendo a uma descida de 32 pontos percentuais. Estes dados demonstram que apesar de o conflito comercial entre o Interior da China e os EUA ter sido atenuado no final de 2019, os empresários industriais inquiridos tomam uma atitude prudente em relação às perspectivas de exportações devido ao abrandamento e incerteza do crescimento da economia mundial.
No tocante ao mercado de emprego, o número de trabalhadores da indústria transformadora para exportação registou uma ligeira subida de 3% face ao trimestre anterior e de 2% em comparação com o período homólogo do ano passado. Por outro lado, 39,3% das empresas inquiridas afirmaram ter enfrentado a situação da insuficiência de trabalhadores, sendo esta percentagem inferior à verificada no trimestre anterior (57,3%) e no idêntico período do ano passado (51,5%). Além disso, 59,9% das empresas inquiridas do sector de “equipamentos electrónicos/eléctricos” manifestaram uma procura relativamente notável de trabalhadores, o que significa que a procura de mão-de-obra neste sector é relativamente forte.
De acordo com os resultados deste Inquérito, de entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 12,5% das empresas exportadoras consideraram os “preços elevados das matérias-primas” como o maior problema que estavam a encarar, enquanto 10,3% apontaram para “preços mais competitivos praticados no estrangeiro”, 10% para “insuficiência de trabalhadores” e 8,7% para “insuficiente volume de encomendas”.
Quanto às perspectivas para os próximos três meses, de entre as empresas inquiridas, 40% preocupam-se principalmente com os “preços mais competitivos praticados no estrangeiro”, 32,9% com os “preços elevados das matérias-primas”, 10,5% com a “insuficiência de trabalhadores” e 8,3% com o “insuficiente volume de encomendas”.