No segundo trimestre de 2019 os volumes de negócios e de vendas dos estabelecimentos do comércio a retalho registaram decréscimos homólogos. O volume de negócios cifrou-se em 17,86 mil milhões de Patacas, tendo diminuído 0,8%, em termos anuais e o volume de vendas desceu 0,5%, informam os Serviços de Estatística e Censos.
De entre os principais tipos de comércio a retalho, observaram-se os decréscimos mais acentuados nos volumes de negócios de vestuário para adultos (-10,9%) e de relógios e joalharia (-4,2%), face ao segundo trimestre de 2018. Contudo, os volumes de negócios de combustíveis para veículos a motor (+7,3%) e de mercadorias de armazéns e quinquilharias (+6,7%) aumentaram. Depois de eliminados os factores que influenciam os preços, os volumes de vendas de vestuário para adultos e de relógios e joalharia baixaram 11,1% e 4,9%, respectivamente, em termos anuais. Porém, os volumes de vendas de artigos de comunicação (+14,1%), de mercadorias de armazéns e quinquilharias (+6,4%) e de artigos de couro (+5,0%) subiram. No primeiro semestre de 2019 o volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho totalizou 38,32 mil milhões de Patacas, menos 1,2%, face ao período homólogo de 2018 e o volume de vendas desceu 1,1%.
No segundo trimestre de 2019 o volume de negócios dos estabelecimentos do comércio a retalho caiu 12,7%, em relação ao montante revisto do primeiro trimestre de 2019 (20,46 mil milhões de Patacas). Salienta-se que os volumes de negócios de artigos de comunicação (-28,5%) e de vestuário para adultos (-22,7%) desceram significativamente. Contudo, os volumes de negócios de automóveis (+19,4%) e de combustíveis para veículos a motor (+16,7%) aumentaram. Por seu turno, o volume de vendas dos estabelecimentos do comércio a retalho diminuiu 13,2%, em termos trimestrais. Destaca-se que os volumes de vendas de artigos de comunicação (-26,8%) e de vestuário para adultos (-24,0%) também registaram os decréscimos mais elevados. Todavia, o volume de vendas de automóveis (+18,3%) cresceu.
Nos comentários dos responsáveis pelos estabelecimentos do comércio a retalho sobre previsões para o terceiro trimestre de 2019, 58,5% dos retalhistas prevêem a estabilização do volume de vendas, em termos anuais, 36,5% antecipam a diminuição e apenas 5,0% projectam o aumento. Por seu turno, para o terceiro trimestre de 2019, 77,9% dos retalhistas antevêem a estabilização dos preços de vendas, em termos anuais, 15,7% a diminuição e 6,4% o aumento, em termos anuais. Além disso, para o terceiro trimestre, a previsão de cerca de 46,3% dos retalhistas é de que a situação de exploração dos estabelecimentos estabilize, em relação ao segundo trimestre, 39,9% prevêem que a situação seja insatisfatória, enquanto 13,8% pressupõem que a situação seja satisfatória.