A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) disponibiliza os resultados do Inquérito às Necessidades de Mão-de-obra e às Remunerações referentes ao terceiro trimestre de 2017. O âmbito estatístico deste trimestre engloba as “indústrias transformadoras”, os “hotéis”, os “restaurantes e similares”, os “seguros”, as “actividades de intermediação financeira”, a “produção e distribuição de electricidade, gás e água”, as “creches” e os “serviços de idosos”. Todavia, o objecto estatístico exclui os trabalhadores por conta própria, os mediadores e os agentes não directamente vinculados às companhias de seguros.
No fim do terceiro trimestre de 2017 laboravam nos “hotéis” 54.524 trabalhadores a tempo completo, registando-se um decréscimo ligeiro de 0,1%, em relação ao fim do trimestre homólogo de 2016. Em Setembro deste ano a remuneração média (excluindo as participações nos lucros e os prémios) destes trabalhadores correspondeu a 17.200 Patacas (+2,3%, em termos anuais). Os “restaurantes e similares” empregavam 25.870 trabalhadores a tempo completo (+2,7%, em termos anuais), cuja remuneração média se cifrou em 9.280 Patacas, ou seja, menos 0,3%.
As “indústrias transformadoras” empregavam 9.863 trabalhadores a tempo completo (-0,6%, em termos anuais), cuja remuneração média foi de 10.730 Patacas (+4,5%). Laboravam na “produção e distribuição de electricidade, gás e água” 1.118 trabalhadores a tempo completo (+1,5%, em termos anuais), cuja remuneração média se fixou em 34.240 Patacas (+13,2%).
Nos “seguros” laboravam 558 trabalhadores a tempo completo (+2,6%, em termos anuais), cuja remuneração média alcançou 26.750 Patacas (+5,3%). Existiam nas “actividades de intermediação financeira” 404 trabalhadores a tempo completo (+1,3%, em termos anuais), cuja remuneração média atingiu 15.030 Patacas, isto é, mais 7,6%.
As “creches” e os “serviços de idosos” empregavam 1.409 trabalhadores a tempo completo (+11,3%, em termos anuais) e 752 trabalhadores a tempo completo (+11,6%), respectivamente, cujas remunerações médias foram de 14.680 Patacas (+5,5%) e 14.080 Patacas (+1,7%), respectivamente.
Relativamente ao número de vagas, no fim do terceiro trimestre do corrente ano existiam 2.221 vagas nos “hotéis”, tendo-se registado um aumento de 352 vagas, face ao fim do trimestre homólogo do ano passado. Contudo, o número de vagas nos “restaurantes e similares” (2.172) era semelhante ao observado no fim do terceiro trimestre de 2016. Por seu turno, apenas o nível académico inferior ou equivalente ao ensino secundário geral foi requerido em 72,0% e 67,6% dos postos vagos das “indústrias transformadoras” e das “creches”, respectivamente. O domínio do mandarim foi exigido em todas as vagas das “actividades de intermediação financeira”. O mandarim e o inglês foram requeridos em 72,2% e 94,4% das vagas dos “seguros”, respectivamente.
Durante o trimestre de referência, nos "hotéis" a taxa de recrutamento de trabalhadores (6,1%) e a taxa de rotatividade de trabalhadores (4,7%) decresceram 1,1 e 0,4 pontos percentuais, respectivamente, em termos anuais, enquanto a taxa de vagas (3,9%) subiu 0,6 pontos percentuais, indicando a existência de vagas a serem preenchidas neste ramo de actividade económica. Nos "restaurantes e similares" a taxa de rotatividade de trabalhadores (6,5%) e a taxa de recrutamento de trabalhadores (5,4%) baixaram 0,6 e 4,7 pontos percentuais, respectivamente, indicando que a perda de recursos humanos neste ramo de actividade económica melhorou.
Nos ramos de actividade económica inquiridos, no terceiro trimestre deste ano, havia 222.971 participantes em cursos de formação proporcionados pelos estabelecimentos (nomeadamente, em cursos organizados pelos estabelecimentos, realizados em conjunto com outras instituições ou subsidiados pelos estabelecimentos), os quais equivaleram a um aumento significativo de 55,7%, em termos anuais. Refira-se que nos “hotéis” havia 217.919 participantes em cursos de formação e que a maioria destes frequentou cursos de “serviços” (49,7%), seguindo-se os cursos de “comércio e gestão” (41,6%). A maior parte dos formandos dos “hotéis” participou em cursos durante as horas de expediente. No que concerne ao pagamento, os encargos de formação de mais de 70% dos formandos da maioria dos ramos de actividade económica foram pagos pelos próprios estabelecimentos, no entanto, os encargos de formação de 42,8% dos formandos das “creches” foram pagos pelos estabelecimentos.