O Centro Hospitalar Conde de São Januário afirmou que ontem (12 de Setembro) um casal com uma criança deslocou-se à consulta externa do Serviço de Medicina Física e Reabilitação para segunda consulta. Após a avaliação, o médico concluiu que a criança necessitava de ser submetida a uma segunda sessão de terapia ocupacional, ao que os pais da criança discordaram, querendo forçar o médico a encaminhá-la para terapia da fala. O médico esclareceu que ia organizar o tratamento posteriormente, mas só após obter os resultados do teste auditivo e de toda a avaliação, contudo os pais continuaram a não concordar, tendo o pai da criança de seguida levantado a voz, ameaçado e insultado o médico, o que teve um impacto grave sobre o funcionamento do hospital e sobre os outros pacientes. Na sequência da tentativa falhada de acalmar o pai da criança, os profissionais de saúde chamaram de imediato os guardas de segurança para manterem a ordem, tendo simultaneamente a polícia sido contactada para acompanhamento.
O Centro Hospitalar Conde de São Januário condena fortemente actos de ameaça e intimidação para com os profissionais de saúde e frisou que jamais será permitido qualquer distúrbio que afecte o normal funcionamento do hospital e os trabalhos de tratamento dos outros pacientes, pelo que o incidente será tratado e apurado com seriedade nos termos da lei. Para além disso, salienta que o respectivo médico irá elaborar o programa de terapia adequado e atempado de acordo com o estado da doença da criança. Entre ambas as partes, a parte médica e a parte do paciente, devem haver respeito e confiança, fazendo todo um esforço para a criação de uma boa relação médico-paciente, de modo a que o médico seja capaz de desempenhar activamente as suas funções no tratamento da doença.