De acordo com os resultados do Inquérito de Conjuntura ao Sector Industrial Exportador (I.C.S.I.E.) no 4.º trimestre de 2015, a duração média mensal da carteira de encomendas das empresas inquiridas foi de 2,58 meses, representando um acréscimo de 19,4% em relação ao trimestre anterior (2,16 meses) mas um decréscimo de 26,5% face ao período homólogo do ano passado (3,51 meses).
A carteira de encomendas detidas pelos sectores de “Produtos Farmacêuticos”, “Vestuário e Confecções”, “Outros Sectores” e “Equipamentos Electrónicos/Eléctricos” foi de 4,97, 3,64, 1,81 e 1,74 meses.
No que diz respeito aos mercados de destino das exportações, da análise ao índice geral da situação de encomendas trimestral por mercados, as empresas inquiridas consideram em geral que o Interior da China e Hong Kong são os mercados com performance relativamente melhor, apresentando o índice de 20,4 e 7,7, enquanto o Japão apresenta a pior performance na sequência da fraca carteira de encomendas.
No contexto das perspectivas de exportações para os próximos seis meses, o número das empresas inquiridas que antecipavam uma perspectiva optimista foi de 6,7%, traduzindo um ligeiro aumento de menos de 1 ponto percentual face ao trimestre anterior (6,2%) e uma descida de 11,5 pontos percentuais perante o mesmo período do ano passado (18,2%). Destas empresas inquiridas, nenhuma previa um forte aumento e 6,7% um ligeiro crescimento nas exportações. O conjunto das empresas que antecipavam uma evolução menos favorável foi de 28,4%, correspondendo a uma descida de 6,2 pontos percentuais e uma subida de 13,5 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior (34,6%) e ao mesmo período do ano passado (14,9%). Entre estas, 20,7% apontaram para um ligeiro decréscimo e 7,7% para um forte declínio. As empresas que previam uma situação semelhante subiram de 59,2% no trimestre anterior, para 64,9% neste trimestre, representando um aumento de 5,7 pontos percentuais. Estes dados traduzem uma atitude prudente das empresas em relação às exportações no futuro.
No tocante ao mercado de emprego, as empresas inquiridas indicaram que o número de trabalhadores subiu, respectivamente, 3,2% e 17,6% face ao trimestre anterior e período homólogo do ano passado. Por outro lado, 55,4% das empresas inquiridas afirmaram terem enfrentado falta de trabalhadores, número inferior a 61,4% verificado no trimestre anterior mas ligeiramente superior a 54,3% registado no mesmo período do ano passado. Tudo isso implica uma ligeira redução na procura de trabalhadores na indústria transformadora; enquanto 69,1% das empresas inquiridas do sector de “Produtos Farmacêuticos” manifestaram haver uma notável procura de trabalhadores, o que significa que há uma grande procura de mão-de-obra neste sector.
Com base nos resultados do Inquérito, de entre os problemas que afectam as actividades de exportação, 25,8% das empresas exportadoras consideram “Insuficiência de Trabalhadores” como o maior problema que estão a encarar, enquanto 11,9% apontaram para “Preços Elevados das Matérias-Primas”, 8,2% para “Insuficiente Volume de Encomendas” e 7,6% para “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro”.
Além disso, durante o exercício das actividades exportadoras no 4.º trimestre de 2015, as empresas inquiridas que chegaram a enfrentar problemas relacionados com “Preços Elevados das Matérias-Primas” e “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro” foram de 58,5% e 56,3%, respectivamente, e as que enfrentaram “Insuficiência de Trabalhadores”, “Salários Elevados” e “Insuficiente Volume de Encomendas” foram de 33,2%, 24,4% e 13,9%.
Para os próximos três meses, 49% das empresas inquiridas preocupam-se principalmente com “Preços Mais Competitivos Praticados no Estrangeiro”, seguindo-se de “Preços Elevados das Matérias-Primas” (26,2%), “Insuficiência de Trabalhadores” (25,6%) e “Salários Elevados” (19,2%).