O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, visitou, hoje (20 de Janeiro), duas instituições de serviços sociais, durante a qual debateu ideias com os respectivos representantes. No final da visita, ao fazer um balanço à comunicação social, referiu que o sector enfrenta, em geral, questões tais como aumento de capital em relação a recursos, subida de rendas, falta de pessoal, entre outros, pelo que o governo está a ponderar a actualização do modelo de apoio financeiro às respectivas instituições.
Alexis Tam, iniciou o programa desta manhã no Centro “O Amanhecer” da Associação dos Familiares Encarregados dos Deficientes Mentais de Macau, onde visitou as instalações, inteirou-se da situação de aprendizagem das crianças portadoras de deficiência e, no final, teve uma sessão de intercâmbio de ideias com os dirigentes da instituição. Na ocasião, foram apresentadas questões sobre a falta de recursos humanos e o ambiente das instalações, bem como alertaram para o facto de que os portadores de deficiência à nascença não têm possibilidade de pagar as contribuições para o Fundo de Segurança Social (FSS), daí não poderem usufruir do subsídio de deficiência deste fundo.
Em resposta, o secretário afirmou que devido a limitações legais, existem contradições entre o subsídio de deficiência e as actuais políticas de segurança social e sublinhou que o assunto é difícil de resolver de um momento para o outro, mas frisou que o governo não irá colocar esta questão de parte. O mesmo responsável disse ainda que o governo vai ponderar com seriedade a situação dos portadores de deficiência e do envelhecimento no âmbito familiar, garantindo que dentro dos próximos dois anos vai lançar melhores políticas. Alexis Tam, fez questão de mencionar a situação da comunidade carenciada de outras etnias, referindo que o governo irá alargar os serviços prestados para que mais pessoas possam ser auxiliadas.
Em seguida, o secretário visitou a Associação de Reabilitação “Fu Hong” de Macau Centro Pou Choi, nomeadamente a oficina de trabalho, para conhecer o apoio prestado aos adultos portadores de deficiência para adquirir técnicas de trabalho, a fim de facilitar a entrada no mercado laboral. No final, Alexis Tam teve um encontro com os representantes da Associação onde os mesmos manifestaram as dificuldades que enfrentam nas empresas pertencentes à Associação.
No balanço do programa de hoje, o secretário afirmou que o ambiente que as instituições de serviços sociais enfrentam é muito diferente ao ambiente de há mais de dez anos atrás. Daí que o governo está a ponderar a actualização do modelo de apoio financeiro, estando actualmente a auscultar as opiniões das diferentes partes que após analisadas, o Gabinete do Secretário para os Assunto Sociais e Cultura e o Instituto de Acção Social irão estudar o método de ajustamento do respectivo modelo. O secretário salientou que não permite a falência das instituições de serviços sociais por falta de recursos. O mesmo representante revelou que irá analisar a possibilidade de adquirir instalações em edifícios industriais para ajudar o desenvolvimento das empresas sociais, sendo esta ainda uma ideia preliminar e que nos próximos tempos irá, em relação a este assunto, ouvir opiniões de diferentes sectores.
Além disso, ao ser questionado pela comunicação social sobre o andamento da optimização do sistema de saúde, Alexis Tam respondeu que os Serviços de Saúde informaram que o tempo de espera para consulta médica no Centro Hospitalar Conde de São Januário foi encurtado e que os mesmos serviços vão realizar uma conferência de imprensa, na próxima semana, para divulgar e apresentar uma aplicação de telemóvel que permite consultar o número de pessoas à espera de atendimento.
Relativamente aos planos da Direcção dos Serviços de Saúde em recrutar mais de 500 pessoas para a área da saúde, não excluindo a possibilidade de contratar pessoal no exterior, Alexis Tam referiu que tanto o sector de serviços sociais como o sector médico e o sector educativo, estão a enfrentar questões de falta de recursos humanos. No entanto, o secretário frisou que paralelamente ao recrutamento de trabalhadores no exterior, deve ser criado um mecanismo de saída para os mesmos, bem como dada prioridade ao pessoal formado em Macau.