O Comissariado contra a Corrupção (CCAC) descobriu que 3 funcionários do Centro Hospitalar Conde S. Januário são suspeitos de terem preenchido falsos elementos sobre trabalho fora das horas de expediente, a fim de obter ilicitamente a remuneração referente à prestação de horas extraordinárias. O caso foi encaminhado para o Ministério Público.
Os 3 suspeitos em causa, por necessidade de serviço, precisavam frequentemente de trabalhar após as horas normais de expediente. De 1999 a 2000, o tempo de trabalho extraordinário que o senhor Dik (um dos suspeitos) prestou foi de centenas de horas, o que significa que a remuneração recebida (baseada no seu índice salarial) foi aproximadamente de 300 mil patacas.
No decurso da investigação, o pessoal do CCAC descobriu que em parte do tempo tido como de trabalho prestado em horas extra, o senhor Dik encontrava-se ausente do Território, tendo o seu trabalho sido entregue à senhora Chan ou ao senhor Ng para ser concluído (ambos com menos salário), aguardando estes que após o recebimento do pagamento do trabalho extraordinário, fossem pagos pelo Sr. Dik, ficando a diferença para ele.
O CCAC descobriu ainda que tanto a senhora Chan como o senhor Ng são suspeitos de terem preenchido também falsas fichas de trabalho extraordinário. Entre 1999 e 2000 a senhora Chan preencheu centenas de horas extra, correspondentes a mais de 200 mil patacas; quanto ao senhor Ng, preencheu também centenas de horas, correspondentes a mais de 300 mil patacas. Por outro lado, estes dois funcionários são também suspeitos de se terem ausentado dos seus postos de trabalho ou até do Território, durante parte do tempo em que diziam ter prestado as horas extra e terem sido substituidos por outras pessoas, apresentando depois falsos dados e procedendo da mesma forma relativamente à distribuição da remuneração recebida.
Foi confessada a prática do crime de falsificação de documentos e de burla.