Recentemente, foi publicado num semanário de língua portuguesa que a Unidade Técnica de Luta e Controle de Tuberculose (UTLCT) "é um local que proporciona o maior risco de contágio de doença". Esta afirmação não está de acordo com a realidade, e terá sido motivada por uma conjectura pessoal, feita pelo jornalista, após a sua visita ao local. A UTLCT considera que é necessário fazer um esclarecimento, por evitar que se cria pânico entre os cidadãos e os seus utentes.
Na UTLCT existem quatro consultórios, um farmácia, um sala de tratamento, uma sala de espera, um balcão para a marcação de consultas e gabinetes de funcionários. Em cada sala está instalado um equipamento de ventilação independente, tendo em vista aumentar a circulação do ar entre o interior e o exterior. Na sala de espera e a sala de tratamentos está instalado um sistema de luz ultravioleta, com que se efectua diariamente a esterilização durante 30 minutos. A luz ultravioleta destrói o bacilo em 20 minutos. Além disso, depois das consultas, os funcionários abrem as janelas dos consultórios, para assegurar a renovação do ar. Os gabinetes dos funcionários são separados da sala de espera, e os sistemas de ventilação dos mesmos são independentes.
Todos os doentes com doença confirmada recebem tratamento específico. De facto, após duas semanas de tratamento químico contra a tuberculose, a infecção do doente reduz-se bastante, isto é, passará a estar controlada, a possibilidade de infectarem outras pessoas, não constituindo, portanto, um alto risco considerável para os grupos saudáveis. A UTLCT não é, por isso, um lugar onde a infecção cruzada seja uma realidade de quotidiano, pelo que os utentes se devem sentir seguros ao recorrer a este serviço.
No ano 2000, entre os doentes registados, que apresentaram7Exame Microscópico de Expectoração positivo, e que concluíram o respectivo tratamento concluído, a taxa de recuperação do doentes foi de 90.4%, o que excede a exigência da Organização Mundial de Saúde (a taxa de recuperação de 85%). No ano 2001, a prevenção é um dos trabalhos prioritários da UTLCT, cujo objectivo é descobrir casos ocultos e eliminar as fontes de contágio. Os doentes que não recebem tratamento químico regularmente poderão transmitir o bacilo da tuberculose de 10 a 15 pessoas num ano. O melhor método de prevenção é o diagnóstico precoce e o respectivo tratamento. Por estas razões, a UTLCT reforçou o seu trabalho na investigação das pessoas que têm contactos íntimos com doentes de tuberculose. O envolvimento da investigação é amplo, e não se faz somente quando a ocorrência é grave.
Esperamos que as pessoas compreendam a necessidade da realização destas actividades sem gerar reacções de pânico.
O Responsável da UTLCT apela às pessoas apresentem sintomas sugestivos de doença, isto é, tosse por mais três semanas, tosse com expectoração, com expectoração hemoptoica (com sangue), emagrecimento, cansaço e sudorese (transpiração profusa) à noite, que recorram à consulta para serem examinadas o mais cedo possível. Se estiver doente, poderá evitar o agravamento da sua doença e a sua transmissão a outras pessoas, recorrendo precocemente a uma consulta médica.
Todos os funcionários da UTLCT desenvolvem com todo o entusiasmo as suas obrigações profissionais. Colaboram para servir melhor o cidadão, promovendo a prevenção e o tratamento destas situações patológicas.