O Presidente da AMCM, Anselmo Teng, disse hoje, em conferência de imprensa, que o Banco Nacional Ultramarino (BNU) irá continuar a desempenhar as duas funções de Caixa de Tesouro da RAEM e de agenciamento para a emissão de notas.
Anselmo Teng sublinhou que o resultado da fusão do BNU com a Caixa Geral de Depósitos significa que a intervenção do BNU no mercado financeiro local será propícia ao futuro desenvolvimento e maior interesse das instituições financeiras de capital português em investir mais directamente e com mais fundos em Macau, contribuindo para o engrandecimento futuro do sistema financeiro local.
A fusão teve a autorização do Banco de Portugal em 17 de Abril deste ano e, ainda no mesmo mês, o BNU apresentou o pedido à AMCM para autorização da transmissão da totalidade do património afecto à sucursal de Macau para o Banco BNU Oriente, a partir de 1 de Julho. Entretanto, a CGD irá aumentar em trezentos milhões de patacas a sua participação qualificada no capital do Banco BNU Oriente, cujo capital social passará assim para quatrocentos milhões de patacas.
No passado dia 18 de Junho, foram publicadas três Ordens Executivas, do Chefe do Executivo da RAEM, que autorizaram a alteração da denominação do Banco BNU Oriente para Banco Nacional Ultramarino S.A, a partir de 1 de Julho, e que este continue a desempenhar as duas funções de Caixa do Tesouro da RAEM e de agenciamento para a emissão de notas com curso legal.
A AMCM, juntamente com a Direcção dos Serviços de Finanças e o Banco Nacional Ultramarino deram hoje uma conferência de imprensa sobre os efeitos da incorporação do BNU na CGD para o sistema financeiro da RAEM.
Na ocasião, o presidente da AMCM, referiu vários aspectos favoráveis do facto de o BNU continuar a desempenhar as funções bancárias específicas: para o Governo da RAEM, uma vez que assegura a continuidade das diversas funções; para o banco, que beneficiará de contenção de custos e de outros recursos e para a futura cooperação entre o banco e as autoridades podendo incentivá-lo no sentido de um maior investimento no mercado financeiro de Macau.
Anselmo Teng disse ainda que, através desta fusão, a cooperação entre o Banco de Portugal e a AMCM tornar-se-á mais estreita no âmbito da supervisão financeira.