O CCAC descobriu um caso de burla praticado por dois elementos da orquestra do Instituto Cultural. Entre 1991 e 1999, os suspeitos do presente caso burlaram a Administração cerca de 170 mil patacas, de subsídio de residência.
Um dos suspeitos foi contratado como elemento da orquestra chinesa do Instituto Cultural em 1991 e, conforme o respectivo contrato, tinha direito a receber o subsídio de residência com o valor máximo de 3000 patacas.
Entre Abril de 1991 e Dezembro de 1993, o referido suspeito viveu numa fracção de 1500 patacas de renda mensal. Só que, apresentou ao Instituto um falso recibo de arrendamento, para burlar as 3000 patacas do subsídio; em princípio de 1994, com 2000 patacas, o suspeito arrendou uma outra fracção e continuou a apresentar um recibo falso com o valor de 3000 patacas. Chegando o mês de Outubro de 1996, adquiriu uma fracção autónoma e, de acordo com a lei, o suspeito perdia, desde logo, o direito ao recebimento do subsídio de residência. Mas, entre 1996 e Março de 1999, continuou com o mesmo procedimento. Durante este longo período, descontando o montante que, de facto, pagou de rendas mensais, o suspeito burlou o Governo em mais de 170 mil patacas.
Entretanto, no decurso desta investigação, o CCAC descobriu ainda que foi um outro membro da mesma orquestra o fornecedor do recibo de arrendamento ao primeiro suspeito. Os dois suspeitos acabaram por confessar que tinham cometido o crime de burla, utilização e fornecimento de documentos falsificados. O caso foi encaminhado para o Ministério Público.