Devido ao aumento de casos graves de infecção por estreptococo do tipo B, registados nos últimos dias, os Serviços de Saúde apelam aos residentes para reforçarem a prevenção, nomeadamente, o uso de luvas no tratamento de produtos aquáticos de água doce e a protecção das mãos quando envolve uma ferida. Devem também evitar consumir produtos aquáticos de água doce que não tenham sido bem cozinhados.

Os Serviços de Saúde foram notificados pelo Centro Hospitalar Conde de São Januário para a detecção de quatro (4) casos graves de infecção por Estreptococo do Ggrupo B, sendo três (3) do sexo masculino e uma (1) do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 60 e os 86 anos, todos com historial de doenças crónicas. Dos quatro (4) casos, dois (2) tinham manuseado peixes de água doce antes da manifestação de sintomas, e um dos quais faleceu no dia 27 de Setembro e o outro encontra-se em estado estável, estando ainda hospitalizado para tratamento. Estes dois casos foram posteriormente confirmados como infectados pelo Estreptococo do Grupo B (GBS) com tipo de sequência 283 (ST283).

O Estreptococo do Grupo B é comum na vagina, no tracto gastrointestinal e no tracto respiratório superior, sendo considerado a principal causa de infecção pós-parto e septicemia neonatal. Nos últimos anos, tem-se notado uma infecção de adultos saudáveis e adultas não grávidas, particularmente mulheres jovens a mulheres de meia-idade com diabetes. É de salientar que, de acordo com o Centro de Protecção de Saúde do Departamento de Saúde da Região Administrativa Especial de Hong Kong, entre os casos de internamento hospitalar por infecção por Estreptococo do Grupo B invasivo (ST283), registados em Hong Kong, a maioria dos quais, antes do início da doença, teve contacto ou manuseou peixes de água doce, ou comeu peixes de água doce mal cozinhados. Neste sentido, o uso atempado de antibióticos pode ser eficaz no tratamento. Os Serviços de Saúde apelam aos cidadãos para prestarem atenção à prevenção, recomendando a adopção das seguintes medidas de prevenção:

1. No momento de adquirir peixe e marisco, deve evitar-se o contacto directo, devem usar luvas aquando da sua manuseação e limpar adequadamente as mãos após o respectivo tratamento.
2. Se tiver feridas nas mãos, não toque directamente no peixe e marisco. No caso de ferimentos ocorridos no processo de tratamento de produtos aquáticos, devem limpar completamente e fazer um curativo adequado aos ferimentos causados. Em caso de apresentação de sintomas de infecção, tais como, inchaço na pele, dor e purulência, etc., devem recorrer ao médico o mais rápido possível.
3. Evitar consumir produtos aquáticos de água doce crus ou mal cozinhados, devendo assegurar que os alimentos estão bem cozinhados antes do seu consumo.