O Comissariado contra a Corrupção (CCAC) descobriu um caso de corrupção passiva, de que é suspeito um funcionário público. Várias pessoas pagaram de 8 mil a 10 mil patacas para a aquisição de carta de condução das Filipinas, falsificada, para, assim, mais tarde poder requerer a carta de condução de Macau. Um significativo número de pessoas está envolvido neste caso e 14 delas foram detidas pelo CCAC, incluindo: um funcionário, de apelido U, dos Serviços de Viação do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), um indivíduo do sexo feminino, suspeita autora do caso, isto é, suspeita de fornecer os referidos documentos falsificados e alguns indivíduos do sexo masculino que apoiaram o tratamento dos documentos. Foram apreendidos 6 cartas falsas de condução das Filipinas e alguns documentos.
Antes do Ano Novo Chinês, o CCAC recebeu uma queixa de um cidadão, alegando que um funcionário, dos Serviços de Viação do IACM, pedia um valor injusto aos titulares de cartas de condução do estrangeiro, quando estes requeriam a carta de condução de Macau junto daqueles serviços.
Após investigação, descobriu-se que um funcionário daquele Instituto pedia aos referidos titulares, ilegalmente, o triplo ou o quádruplo do valor estabelecido legalmente, com o pretexto de ajudá-los a tratar de todas as formalidades necessárias e de serem dispensados do exame médico. Assim, conseguiram obter um atestado passado por um médico, colocado posteriormente por este funcionário no processo individual de cada um deles.
Durante o ano novo, o médico envolvido neste caso foi aconselhado a elaborar uma conta falsa relativa a exames médicos, para poder ter algo como prova, caso fosse investigado.
Depois de analisar essa conta, os elementos do CCAC descobriram que, pela mesma forma, várias pessoas requereram a carta de condução de Macau. Mais ainda, descobriram que nos primeiros dois meses do corrente ano, vários titulares da carta de condução emitida pelas Filipinas fizeram o requerimento da carta de condução da RAEM junto do IACM e, de entre eles, 7 são suspeitos de utilização de carta de condução falsificada. Decobriu-se ainda que parte desses suspeitos nunca foram às Filipinas, nunca receberam qualquer instrução sobre a condução de viaturas, nem dominam a língua tagalo ou inglesa.
No decurso de investigação, os suspeitos confessaram ter comprado cartas de condução das Filipinas, ter colaborado no fornecimento dessas cartas, no pedido das cartas de condução de Macau e ter utilizado documentos falsificados.