O Comissariado contra a Corrupção (CCAC) descobriu um caso suspeito de utilização de documentos falsificados de habilitações académicas, praticado por um funcionário público de nacionalidade estrangeira. O caso foi encaminhado para o Ministério Público.
De acordo com as informações obtidas, em 1988, a trabalhadora em causa foi contratada pelos Serviços de Saúde (SSM), como técnica auxiliar, com um diploma de um curso da área de saúde emitido por uma universidade das Filipinas e um certificado de trabalho de um hospital do estrangeiro.
Depois de obter o emprego, com o documento comprovativo da sua contratação, adquiriu a residência em Macau, sendo possuidora de documento emitido pelos Serviços de Indentificação.
Mais tarde, entregou às entidades competentes uma informação escolar e outros documentos, emitidos pela referida universidade, com os quais obteve o reconhecimento, que lhe facilitou a sua promoção a técnica superior. Ainda de acordo com as informações obtidas, suspeita-se que os documentos acima referidos sejam todos falsificados. Embora a referida trabalhadora tenha efectivamente frequentado o referido curso, de facto, este nunca foi concluído, bem como se suspeita que, nunca tenha efectuado quaisquer estágios. As classificações apresentadas no certificado de habilitações foram falsificadas, já que, o conteúdo do documento apresentado não corresponde ao documento que se encontra actualmente arquivado na universidade em causa.
No decurso das investigações, confessou a utilização de documentos falsificados. Desde o início de funções nos SSM até à presente data, a trabalhadora recebeu a título de vencimentos, cerca de 3 milhões e 40 mil patacas.